Um relatório publicado recentemente por um painel independente de especialistas que revisou a resposta global à pandemia de COVID-19 identificou a distribuição equitativa e ampla de vacinas, juntamente com a implementação consistente de medidas regulares de controle de doenças, como o eixo para acabar com a pandemia.
A prevenção da próxima pandemia implicará amplas reformas dos sistemas de resposta a emergências nos níveis nacional e internacional, de acordo com o principal relatório divulgado em 12 de maio pelo Painel Independente de Preparação e Resposta à Pandemia, convocado pela Organização Mundial da Saúde em julho e composto 13 especialistas internacionais.
O relatório pediu empoderamento da OMS, fortalecimento de redes de vigilância e atualização de plataformas encarregadas de alocar suprimentos médicos essenciais.
"Em nossos oito meses de trabalho, a equipe estabeleceu um objetivo claro, que é tirar lições da pandemia e oferecer sugestões para o futuro", disse Zhong Nanshan, um proeminente especialista chinês em respiração no painel, em entrevista na segunda-feira.
Especialistas chineses em saúde pública disseram que o relatório oferece recomendações abrangentes e objetivas, além de pedir ações imediatas.
Feng Zijian, ex-vice-diretor-geral do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças, disse que "uma abordagem de todo o governo e toda a sociedade" forma a base do trabalho de controle de doenças da China. O relatório também reconheceu que essa abordagem pode efetivamente reduzir a propagação do vírus.
“Ao aplicar medidas robustas de saúde pública, como usar máscaras, rastrear e isolar contatos próximos, testes em massa, distanciamento social, a China alcançou resultados decisivos em três meses”, acrescentou.
Tais estratégias de contenção assertivas estavam ausentes em grande parte do mundo, mesmo depois que a OMS declarou a COVID-19 como uma emergência de saúde pública de interesse internacional, seu nível mais alto de alarme, em 30 de janeiro de 2020, segundo o relatório.
Li Liming, professor da Escola de Saúde Pública da Universidade de Pequim, disse que muitos países perderam muito tempo adotando uma atitude de "esperar para ver" em fevereiro passado.
“O mundo não carece de estratégias de controle de doenças, mas carece de fiscalização efetiva”, disse ele. comunidades devem ser intensificadas."
Wang Chenguang, professor da Escola de Saúde Pública Vanke da Universidade de Tsinghua, disse que uma mensagem importante do relatório é que o mundo ainda está no meio da pandemia.
“Em particular, permanecem graves desafios no fornecimento e alocação de vacinas COVID-19 e outros equipamentos médicos”, disse ele.
Para resolver a ameaça iminente, ele disse que a solidariedade global deve ser intensificada. "A politização das questões de saúde vai contra os interesses globais", acrescentou Wang.
------------- China Daily News
